quinta-feira, 10 de abril de 2008

Regata Casino Lisboa (6 de Abril de 2008)

A largada foi um bocadinho confusa. A linha era estreita e largámos à bolina claro! (Como é suposto) mas contra a corrente, o que é um bocadinho...enfim, é que o raio da corrente estava mesmo forte, alguns 2 ou 3 nós!
Enfim, bordo para aqui e bordo para ali aí vamos nós,não largámos tão bem quanto queriamos, mas é mesmo assim!



Um Skipper atento é fundamental, sobretudo com uma tripulação amadora. Amadores...mas cheios de vontade!!!
Aprendam...
Ajudando a genoa a passar...
Dá à manivela João... Caça, caça, caça!!!

Não pusémos Spinnaker... Tirando o skipper, nós, os outros todos, não temos ainda "estudos" para a coisa...mas havemos de lá chegar, hard work and power of will... 13º em 23 barcos no geral da ANC (A, B e C). Não foi o melhor resultado de sempre... o objectivo é melhorar!

Para a semana há mais...dia 13 lá estaremos, às riscas a correr nos clássicos (Porque o nosso querido Tal a Roz já não é um jovem...).


Cumprimentos a todos!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

RECORDAÇÕES do ANTARES e do MARVI

Mais uma foto a bordo do ANTARES, do Eng. Manuel Gonçalves, o primeiro barco de que fui tripulante efectivo em águas Portuguesas e que tão boas recordações e tão bons amigos me deixou. Infelizmente está agora para ser desmantelado no Estaleiro do Navegador no Talaminho sem hipóeses de recuperação.
MARVI
Luanda 1963 /1974



Junto ainda um conjunto de fotos do Marvi o barco onde pela primeira vez andei à vela em Luanda e de que fui tripulante durantes os anos que lá passei. Foram muitas regatas, fins de semana e férias no Mussulo e passeios vários. Foi neste barco que aprendi a andar à vela e a gostar da vela e do mar com o Sr. Ramada ( pai do Xico Ramada ), proprietário, que foi o meu mestre e sobretudo um grande Amigo que lembro com muita saudade.
Foi assim que há 43 anos começou a "aventura" que deu origem à compra do TAL A ROZ.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A propósito da Aguarela do Antares - "Falando de mim e de mais alguns veleiros clássicos"

Pela primeira vez neste blog vou utilizar a honra com que me distinguiram (família VD) convidando-me para participar no blog. Circunstancias várias têm-me impedido de escrever, mas vou acompanhando a actividade que, por aqui, vai havendo.

Sem falsas modéstias penso que o nosso convivio nas actividades náuticas e depois a nossa amizade, fora da náutica, contribuiram de alguma forma para aumentar o gosta pela navegação de recreio e a paixão que tu, HGVD, nutres pelo mar algo que, felizmente, conseguimos transmitir aos teus filhos. Sinto-me orgulhoso disso!

Faz hoje, exactamente, 50 anos que me iniciei na náutica pela mão do Sr. Rodolfo Fragoso, director das Escolas de Vela da ANL no seu bote Albatroz, o único que, à época, ostentava velas encarnadas. Seguiu-se um período de monotipismo, como proa, depois leme e, depois, o de instrutor nos snipes, Dragão Maria e mais tarde no Mariline, o primeiro barco de cruzeiro que comandei. Mais tarde surgiram os convites para começar a participar, como tripulante de barcos de cruzeiro, em regatas e passeios e foi um nunca mais parar de dias a navegar e a ensinar.

No Antares, a boa disposição, bem como as jornadas gastronómicas eram uma constante. O Engº. Manuel Gonçalves bem merece aqui uma menção especial pelo que fez em prol do desenvolvimento do gosto pela vela: muitos, de simples convidados, passaram a entusiasticos velejadores.

Segiu-se o Canção do Vento, que depois se chamou Ibiza, um Requin transformado em cruzeiro, sem motor algum, sem instalação eléctrica e sem qualquer instrumento de navegação além da carta, lápis e uma agulha dos Dori que o skipper, António Pinto Martins, colocava num sapato à entrada da cabine, odómetro de barquinha e prumo de mão. Está bom de ver que ele foi comandante de barcos de bacalhau à vela; com ele aprendi muito sobre observar o tempo para prever o que teríamos pela proa, onde ir buscar o vento, manobras (pois não tínhamos motor e tinhamos que ter todas as alternativas preparadas). Apesar da falta do motor e da insuficiência de meios de ajuda à navegação, fizemos várias regatas às Berlengas, Sines e Sesimbra, bem como cruzeiros ao Algarve.

Depois veio o Cloud do António Ferreira, um dos melhores clássicos em que velejei, rápido e de fácil manobra com qualquer vento, muito equilibrado. Com ele aprendi a conhecer a navegação fluvial, os ancoradouros do rio, et. Houve um ano em que não falhámos um único fim de semana: não existia frio ou mau tempo que nos impedisse de sair! Naquela década (+-1965-75), o António era o skipper que melhor conhecia o rio as suas correntes, baixios e ancoradouros.

Finalizei aquela década de clássicos nas regatas com o Binker do Conde Stucky do Quay, excelente Skipper de regatas, excelente marinheiro e muito exigente com o desempenho da sua tripulação. Lembro-me de, numa Regata a Sesimbra, com Nortada rija, vento de força 6/7, ele me ter ordenado, a mim e ao A. Pinheiro para içarmos o spi . Perante a minha recusa, ele que já estava muito perto dos 70 anos, irritado repreendeu-me assim: "Gordo, se estás com medo, anda para o leme, que eu iço o balão!" E lá foi ele para a proa com o arrais, içou o spi com mestria e o resultado foi o de termos ganho a regata em tempo corrigido, e o 2º lugar em tempo real, pois mesmo os barcos maiores não içaram o balão.
Apesar dos gritos e de ligeiras ofensas verbais, que o entusiasmo da competição lhe provocavam, não exigia nada da sua tripulação que ele não fizesse e quer a classificação fosse boa ou má, existia sempre uma palavra agradável da sua parte ao passarmos a linha de chegada.

Agradeço a todos estes Marinheiros, os bons momentos que me proporcionaram e os conhecimentos que me transmitiram e que, depois, tentei passar aos meus alunos e amigos.

A ti (HGVD) à tua tripulação familiar e ao TAL A ROZ (que já está de volta) votos de boa navegação, com um grande abraço para todos .



CADIZ 2006 - TALL SHIPS RACE



2007 REGATA DE CLÁSSICOS


Tripulação familiar na Regata de Clássicos